quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ASPECTOS GEOGRÁTICO DE CAMPO LARGO


 

















O Município de Campo Largo situa-se na Região Sudeste Paranaense, em posição privilegiada, 
no corredor de exportação para o Mercosul, distante 24,5 Km da capital, 
tendo como principal acesso a Rodovia Federal BR-277.
A superfície do território municipal é de 1.359,565 Km², o que corresponde a 2% 
da área total do Estado.
                Fonte: SEMA/ 2004

DISTÂNCIAS
Da Capital : 24,5 km
Do Porto de Paranaguá: 123 km

MUNICÍPIOS LIMÍTROFES
N Castro
NE Campo Magro e Itaperuçu
NO Ponta Grossa
S Araucária
SO Balsa Nova
L Curitiba
O Palmeira


ALTITUDE
Localiza-se a 956 metros acima do nível do mar.

LATITUDE
Nas coordenadas 25º 27’34’’, latitude Sul

LONGITUDE
Nas coordenadas 49º 31’40’’, longitude W-GR.

CLIMA
Subtropical úmido mesotérmico, de verões frescos e com ocorrência de geadas severas e freqüentes, não apresentando estação de seca definida.

TEMPERATURA
Temperatura média inferior (verão): 22º C
Temperatura média inferior (inverno): 18º C

DENSIDADE PLUVIOMÉTRICA (meses de maior incidência)
Média Anual: 125 mm
Menor precipitação: 75 mm - Mês de ocorrência: Agosto
Maior precipitação: 200 mm - Mês de ocorrência: Janeiro

ATIVIDADES ECONÔMICAS DESENVOLVIDAS NO MUNICÍPIO  
Devido a abundância de matéria-prima mineral, o Município de Campo Largo destaca-se 
pelo grande número de indústrias cerâmicas (azulejos, pisos e louças). Destaca-se tambéma e
xistência de indústria moveleira e metal-mecânica.
Quanto à agricultura, destacam-se as produções de feijão, batata e cebola e na fruticultura 
destacam-se as produções de maçã, uva e pêssego.
As atividades agropecuárias existentes são: bovinocultura de leite, suinocultura, avicultura, 
piscicultura e apicultura.

FERIADOS MUNICIPAIS
02 de fevereiro - Homenagem à padroeira de Campo Largo - Nossa Senhora da Piedade;
23 de fevereiro - Comemoração do aniversário da emancipação política do Município (facultativo).


Índices de Desenvolvimento Humano (IDH-M) Comparável
Esperança de vida ao nascer: 69,24 anos
Taxa de Alfabetização de Adulto: 93,25 %
Renda Per capita: 267,31 reais
Classificação no estado: 75
Classificação nacional: 1.200
Fonte: IPEA/ 2000

Histórico

CAMPO LARGO
PARANÁ

Campo Largo (PR) Matriz de N. Sra. da Piedade

Campo Largo (PR) Matriz de N. Sra. da Piedade
HISTÓRICO
Após tentativa de fixação no litoral de Paranaguá, a colonização portuguesa galgou o planalto, através da serra do mar, buscando novos locais de exploração, até se espraiar nos campos de Curitiba, ou Campos Gerais. O planalto de Curitiba e os campos adjacentes serviam ao mesmo tempo para criação de gado e pouso de tropeiros gaúchos, em transito para São Paulo.
Grande parte das terras de Campo Largo pertenceram ao português Antônio Luís, o "Tigre"; que morava na fazenda Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá. Ao "Tigre" coube a construção da mais antiga capela dos Campos Gerais. Após seu falecimento, a sesmaria passou a pertencer a diversas pessoas. A povoação teve início em 1814. Em 1819, o capitão João Antônio da Costa, residente em Curitiba, fêz doação a Nossa Senhora da Piedade dos terrenos ocupados pelo povoado, a fim de que ai se estabelecessem as pessoas que desejassem, sem qualquer ônus.
O capitão João Antônio da Costa havia oferecido a povoação nascente uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, que mandara vir da Bahia em 1816. Essa imagem permaneceu em casa do Tenente Joaquim Lopes de Cascaes até 1826, quando foi transportada para a igreja, cuja construção teve começo em 1821.
Formação Administrativo
O Distrito de Campo Largo foi criado pela lei número 23, da Província de São Paulo, a 12 de março de 1841.
A lei provincial nº 219, de 2 de abril de 1870, criou o município com território desmembrado do de Curitiba, ocorrendo sua instalação a 23 de fevereiro do ano seguinte. A Lei provincial nº 685, de 6 de novembro de 1882, concedeu a sede municipal foros de Cidade. Composto de um único distrito até 1911, possuía já em 1938, os de Campo Largo, João Eugênio, São Luís do Purunã e Três Córregos. De acôrdo com a divisão administrativa a vigorar de 1939-1943, abrangia mais o de Ferraria.
Por fôrca do Decreto-lei estadual nº 199, de 30 de dezembro de 1943, passou a pertencer a Campo Largo o distrito de São Silvestre, desmembrado de Cêrro Azul. Por ocasião do Censo de 1950, achava-se formado pelos de Campo Largo, Ferraria, João Eugênio, São Luís do Purunã, São Silvestre e Três Córregos.
A Lei estadual nº 4338, de 25 de janeiro de 1961, desmembrou os distritos de João Eugênio e São Luís do Purunã para criar o Município de Balsa Nova, permanecendo Campo Largo com os distritos do mesmo nome, Bateias (criado em 1951), Ferraria, Três Córregos e São Silvestre. Esta situação perdura ate o presente.
A Comarca foi criada pela Lei provincial numero 359, de 18 de abril de 1873, com jurisdição sobre os municípios de Campo Largo e Balsa Nova. Atuam no foro local 8 advogados.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Significados da campanha da mídia para derrubar ministros

 Significados da campanha da mídia para derrubar ministros
por Elói Pietá
A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação
A recente campanha das grandes empresas de mídia para derrubar ministros no primeiro ano do governo Dilma é mais uma demonstração de que elas são fortes agentes autonomeados da política. Isso vem de uma longa tradição.
Quando da campanha para derrubar Getúlio Vargas, que terminou no seu suicídio, os grandes órgãos da imprensa brasileira atacavam sistematicamente o seu governo, exceto o jornal Última Hora. Batalha semelhante foi travada nos episódios que resultaram na deposição de João Goulart. Nas campanhas presidenciais recentes todos são testemunhas da parcialidade da grande mídia. O episódio mais lembrado ocorreu em 1989, quando após o último debate entre Collor e Lula, na véspera do segundo turno da eleição, a TV Globo editou as cenas do debate a favor de Collor. Três anos depois, a mesma mídia que ajudou a elegê-lo teve papel decisivo para derrubá-lo. Tais campanhas políticas foram de grande importância, seja na mudança de governos, e, portanto, na mudança das políticas governamentais, seja até na instalação da ditadura militar. Em 2005 e 2006 ficou evidente o enorme esforço desta grande mídia para impedir a reeleição do presidente Lula, e, em conseqüência, para mudar a política econômica e voltar às políticas neoliberais que elas apoiavam e que tinham sido derrotadas pelo voto popular.
Como se vê, há na vida nacional uma espécie oculta de organizações partidárias sob o manto de denominações de TVs, rádios, jornais, revistas, que são comandados por poderosos grupos privados, que detém a propriedade cruzada de diversos meios de comunicação de massa, exercendo uma enorme influência midiática em todas as regiões do país.
A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação. A grande mídia destrói liminarmente este capital. Ela parte da presunção de culpa, ao contrário do princípio constitucional de presunção da inocência. A si ela atribui o mandato de executar o juízo moral sumário. A mídia privada brasileira encontrou este caminho de uma forma não propriamente original. Ela bebeu nas fontes do jornalismo inglês e norte-americano a missão autoconcedida de corregedores gerais da pátria, de guardiães da moralidade dos governos. E, a partir daí evoluiu para se transformar em partidos reais não assumidos.
As grandes empresas de mídia protegem os políticos que se afinam com seu pensamento sobre a economia e a sociedade, e atacam duramente os que divergem delas. Qualquer observatório da mídia há de encontrar inúmeros episódios da recente história brasileira que provam isso. Este é o lado partidário da mídia. Mas, por se tratarem de empresas diferentes a disputar um mercado, o denuncismo também é fruto da concorrência entre elas por um público sensível a este estilo, especialmente nas classes médias.
Nem sempre os projetos políticos futuros destes partidos ocultos são traçados com antecedência e clareza. Mas, o desdobrar dos acontecimentos tende a levar a uma conjunção de fatores que favorecem a adoção de uma estratégia política. Vimos isso na trajetória que resultou na derrubada de Vargas em 1954, de João Goulart em 1964, de Collor em 1992, e na tentativa de derrubar Lula em 2005.
O mais recente plano destas empresas privadas na política é a derrubada sistemática de ministros. Quando conseguem a cabeça de um, entra outro na pauta, e abre-se nova campanha. Não perdem tempo em aprofundar os fatos que fizeram cair os ministros anteriores. O que importa é a sequência de quedas e seu resultado político (e, de lucro, o prestígio do órgão da mídia pai da denúncia no mercado da informação). Agora o alvo é o ministro dos Esportes, Orlando Silva.
Ao querer a queda do ministro, vários resultados são buscados: um deles, sempre almejado, é o sistemático desgaste do governo, que não é o governo que as grandes empresas de mídia querem, apesar de a maioria do povo brasileiro querer; outro resultado pretendido no caso é jogar lenha nas críticas sobre os atrasos para as obras da Copa do Mundo (quem olha em retrospectiva a ação dessas empresas de mídia neste tema há de notar que na verdade elas não querem o sucesso do governo nas obras da Copa); pode haver outro resultado desejado, talvez favorecer a FIFA na disputa com o governo brasileiro, para depois criticar o governo por ceder à FIFA.
Juntando o histórico, os fatos recentes, e os atuais, vê-se que há um fio condutor de política pensada na aparente individualidade de cada fato. Há uma associação com propósito específico de concorrentes no mercado da informação, o que se poderia chamar uma cooperação antagônica. Sem dúvida, as grandes empresas privadas de mídia, além de mirar pontos no mercado, miram mais adiante o centro do governo. E, talvez, mais profundamente, mirem a deterioração da confiança coletiva na política praticada pelos políticos e pelos partidos formalmente registrados (rivais alguns, aliados outros, dos partidos ocultos da mídia privada). Se for isso, há uma tentativa de preparar a consciência popular para governos fora das regras atuais, de qual tipo não se sabe hoje, pois só a aproximação das condições propícias poderá a eles mesmos esclarecer. Tal meta pareceria impossível, mas não é, porque já se viu ocorrer no passado. Várias destas empresas da comunicação, não faz muito tempo, contribuíram para o golpe militar, associaram-se à ditadura, abandonaram-na no momento em que esta não mais lhes serviu.
Quando o PT no seu recente 4º Congresso reafirmou a necessidade do debate sobre a democratização da comunicação no Brasil, de imediato a grande mídia procurou demonizar este debate. As poucas empresas que controlam a comunicação de massa, que não querem a democratização desta área essencial à sociedade moderna, atacaram a proposta do PT de abrir o debate no Congresso Nacional sobre um marco regulador da comunicação social que amplie as possibilidades de livre expressão do pensamento e amplie o acesso da população a todos os meios. O PT reafirmou que para si, como para nossa presidenta Dilma, é questão de princípio repudiar qualquer tentativa de censura à liberdade de imprensa. Por isso, só um projeto claro em debate público no Congresso Nacional é que vai esfumaçar os fantasmas que se criam para refrear qualquer tentativa de avanço da democracia na área da comunicação de massa. Os fatos recentes da campanha para a derrubada de ministros e a forma como notícias seletivas são alardeadas e notícias outras são sufocadas, reafirma a atualidade deste debate no Congresso Nacional e na sociedade.
Elói Pietá é secretário Geral Nacional do PT
Bohn Gass: Mais de dois milhões de beneficiados devolveram o cartão do Bolsa Família
Deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) comemora avanços reais sobre beneficiários do Bolsa Família. (Foto Ricardo Weg - PT)

Livres da miséria e com emprego garantido, usuários abrem mão do benefício. Dados contrariam críticas de que o Programa gera dependência.


Dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome revelam que milhões de pessoas devolveram os cartões do Bolsa Família após se inserirem no mercado de trabalho. A notícia derruba as críticas que acusam o programa instituído no governo Lula de criar dependência nos beneficiários.
O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) comemora os resultados e ressalta a eficácia do Bolsa Família como uma medida de geração de renda e inserção social das camadas menos favorecidas. “Dois milhões e duzentas mil pessoas - desde 2003 a setembro deste ano - entregaram, devolveram o cartão do Bolsa Família. O que significa isso? Significa que essas famílias, com o programa de altíssima qualidade do governo passaram a ter emprego, ou a ter o seu empreendimento, a não necessitarem mais do Bolsa Família. Esta é a melhor notícia. Por um lado por que acaba de vez com a oposição raivosa que diz que o governo, com o Bolsa Família, cria assistencialismo, cria dependência das pessoas em relação ao Estado. Não é verdade. Nós estamos é recebendo de volta o cartão, o que significa que a pessoa saiu da condição de extrema pobreza e passa a ser mais cidadã. Passa a ser empregada, passa a ser empreendedora, a ter renda própria –sua e de sua família”.
(Ana Feltrim – Rádio PT e Jamila Gontijo – Portal do PT)